No Brasil, o uso de Zolpidem cresce 560% em oito anos

 As vendas de zolpidem cresceram 560% entre 2011 e 2018 no Brasil, foram compradas 11,4 milhões de caixas do medicamento no ano passado, um recorde. Os dados são de um levantamento feito pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). O zolpidem aparece como o terceiro medicamento mais vendido em 2018 no levantamento, que inclui oito drogas psicotrópicas.

O zolpidem foi criado na França em 1988 e ganhou fama em meados da década de 1990, quando foi aprovado nos Estados Unidos com nome comercial de Ambien.

No Brasil, o medicamento só teve a venda autorizada em 2007, com nome de Stilnox, produzido pelo laboratório.

O clonazepam, vendido sob o nome de Rivotril, é até hoje o medicamento mais consumido entre os ansiolíticos que tem como efeito colateral o sono. Mas as vendas dos ansiolíticos têm caído ano após ano desde 2015, enquanto as de zolpidem aumentam.

O Zolpidem é um medicamento comumente prescrito para o tratamento da insônia em curto prazo. É classificado como um hipnótico não-benzodiazepínico, que atua no cérebro para ajudar a adormecer mais rapidamente e a manter o sono por mais tempo.

Como funciona?

O Zolpidem age no cérebro, atuando em receptores específicos do neurotransmissor GABA. Ele ajuda a inibir a atividade nervosa, o que pode ajudar a induzir o sono e reduzir a frequência de despertares noturnos. O medicamento começa a agir em cerca de 30 minutos após a ingestão e geralmente permanece ativo por cerca de 6-8 horas.

Para que é usado?

O Zolpidem é usado para tratar a insônia em curto prazo, que é definida como dificuldade em adormecer ou manter o sono por um período de até quatro semanas. Ele pode ser prescrito em doses baixas para uso ocasional, ou em doses mais altas para o tratamento de insônia crônica.

Quais são os riscos associados ao uso de?

Embora seja eficaz no tratamento da insônia em curto prazo, o Zolpidem tem alguns riscos e efeitos colaterais associados ao seu uso. Os principais riscos incluem:

  1. Dependência: O Zolpidem pode ser viciante, e o uso prolongado ou abuso do medicamento pode levar à dependência física e psicológica. Por isso, é importante seguir as orientações do médico em relação à dose e duração do tratamento.

  2. Efeitos colaterais: Pode causar efeitos colaterais, incluindo sonolência diurna, tontura, dor de cabeça, náusea, vômito e perda de memória de curto prazo.

  3. Comportamento estranho: Em casos raros, o Zolpidem pode causar comportamento estranho e até mesmo perigoso, como sonambulismo, pesadelos, agressividade e alucinações.

  4. Reações alérgicas: Algumas pessoas podem ter reações alérgicas ao Zolpidem, incluindo inchaço dos lábios, da língua ou da garganta, dificuldade para respirar e erupções cutâneas.

  5. Interferência com outras drogas: O Zolpidem pode interagir com outros medicamentos, incluindo antidepressivos, anti-histamínicos e tranquilizantes, aumentando os efeitos colaterais ou reduzindo a eficácia de um ou ambos os medicamentos.




Comentários

Escolha o assunto

Mostrar mais